quando se fala de amor, nunca é demais!

sábado, 23 de outubro de 2010

caminho torto

pisando descalço em cacos de vidros que são lançados aos meus pés, caminho cansado em direção há algum lugar, um lugar qualquer, sem vida, sem cor, prevendo um futuro que pensei demorar a me assombrar... e que começou a ser presente!!!
comecei a sentir os sintomas de que meu corpo quer parar algo, só falta saber o que é. Os sintomas são sempre os mesmos... insônia, ironia, tristeza, choro, falsidade, pouco humor, insônia, mais um pouquinho de ironia e raiva.
a minha cabeça se vê sem escapatória desse turbilhão de pensamentos, ela procura uma saída, procura as escadas para chegar no final, mas os bombeiros esqueceram das saídas de emergência, as escadas estão inacabadas, e aí ela percebe que não tem pra onde ir!!!!
sinto dor da ponta dos dedos do pé, até aquele fio de cabelo que insiste em ficar levantado, os cacos de vidro que deveriam machucar, são apenas distração para a dor que me invade sem medo, e eu continuo caminhando sozinho por aí...
continuo me sentindo um nada, um ser inútil, mas que faz tudo....
seguindo uma vida "moderninha", com chance de ter o que quiser, me apertando de um lado ou de outro, mas nunca deixando de fazer as coisas, talvez eu seja um exemplo de filho perfeito, sempre disposto a tudo para ver as pessoas sorrirem, e do mesmo jeito continuo não sendo nada!
as vozes voltaram a me incomodar, os passos escuros que escuto, as paredes falantes, o teto que se mexe, deveriam ser efeito de algum alucinógeno, mas são apenas as tentativas de comunicação que eu não consigo entender.
não preciso falar do sono, das olheiras... hoje já sou um zumbi.
caminhando e cantando.... e seguindo a canção!!! não somos todos iguais!

Um comentário:

  1. acho que essa parte já diz metade do que eu sinto... "hoje já sou um zumbi.
    caminhando e cantando.... e seguindo a canção!!! não somos todos iguais! "

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